Os nossos hábitos alimentares têm vindo a mudar ao longo dos anos. Devido a problemas como o excesso de população e a escassez de alimentos em alguns países, até a própria ONU recomenda que incluamos os insetos na nossa dieta regular.
Em diferentes países, a entomofagia, o ato de comer insectos, é um hábito bastante cultural que se está a espalhar lentamente.
Agora não só é possível comer gafanhotos, larvas, vermes, bem como outros vermes voadores, como também foi descoberta uma nova substância que os cientistas baptizaram como “leite de barata” e acreditam que é uma excelente e nutritiva opção. Preparem-se…
Os especialistas da Universidade de Iowa estiveram a fazer investigação focadas na barata da espécie Diploptera Punctata, que, ao contrário do resto das outras baratas, é vivípara, ou seja, os seus descendentes desenvolvem-se dentro do seu corpo e, para os alimentar, segrega uma substância branca.
Os cientistas conseguiram extrair esta substância em forma líquida e cristalina, e ao analisá-la, descobriram que tem grandes propriedades nutricionais.
Este leite de barata tem tanta proteína que é até quatro vezes mais nutritivo do que o leite de vaca que nós humanos consumimos.
Esta substância contém nove tipos de aminoácidos, hidratos de carbono, proteínas, gorduras, açúcares, ácido oleico, ácido linoleico, ácidos gordos e Omega 3. Para além disso, tem três vezes mais calorias do que o leite normal. É uma espécie de “super leite” e ninguém teria adivinhado de onde ele viria.
Acredita-se que o leite de barata poderá mesmo ser uma boa opção para pessoas que são intolerantes à lactose ou poderia também servir como suplemento dietético para pessoas que necessitam de mais calorias.
Contudo, existem duas grandes dificuldades que impedem que este novo líquido seja consumido em grande escala. Em primeiro lugar, para a extracção, o “leite” da barata tem de ser aberto ao existirem crias no interior da mesma, e a quantidade que é “ordenhada” da barata é tão pequena que seriam necessárias muitas baratas só para encher um copo. Estima-se que são necessárias 20 baratas para produzir um miligrama de leite e 1000 insetos por 100 gramas.
A verdade é que nem a possibilidade deixa de ser assustadora.