A Rússia foi um dos primeiros países a desenvolver uma vacina contra o coronavírus, intitulada Sputnik V. No entanto, eles continuam a inovar, uma vez que a Agência Federal Russa Médico-Biológica propôs iniciar os ensaios clínicos de uma nova vacina contra o SARS-CoV-2 em julho deste ano.
Esta nova vacina procurará gerar imunidade mediada por células ao vírus durante mais de 13 anos. O novo medicamento vem juntar-se à corrida pelas vacinas, embora neste país já tenham sido desenvolvidos a Sputnik V, a EpiVacCorona e a CoviVac na Academia de Ciências Russa com sede em Gamaleya, Vektor e Chmakov.
Tudo isto foi confirmado pela especialista no assunto Veronika Skvortsova, que explicou o plano ao Presidente Vladimir Putin, para além de sublinhar que as duas primeiras fases dos ensaios clínicos serão unificadas, uma vez que os protocolos de vacinação em vigor neste momento também o permitem.
Por outro lado, foi noticiado que se trata de um fármaco de nova geração que também está a ser desenvolvida numa nova e renovada plataforma tecnológica. Ela explicou:
“Desenvolvemos uma vacina que difere não sobre a camada S (camada externa de vírus e bactérias), mas sobre outros componentes proteicos dos vírus, para que a imunidade humoral não seja desenvolvida, com a activação de anticorpos, mas uma imunidade celular, cuja vantagem é a sua longa duração”.
Assim, afirma-se que se a imunidade baseada em anticorpos durar vários meses, então a imunidade mediada por células pode durar anos. De facto, tem havido algum trabalho experimental em que se tem demonstrado que a imunidade mediada por células pode efetivamente durar anos.
Na Rússia, a vacinação em massa foi escolhida como o principal instrumento para controlar a pandemia do coronavírus, sendo que a campanha de vacinação foi iniciada a 18 de janeiro deste ano.
Para além das três vacinas russas conhecidas, surgiu uma quarta, chamada Sputnik Light, que se encontra na sua terceira fase de ensaios clínicos. No entanto, esta destina-se a ser comercializada apenas no mercado estrangeiro.
Até à data, as condições epidémicas no país permanecem estáveis. A Rússia é o quarto país mais infectado do mundo, sendo ultrapassado pelos Estados Unidos, Índia e Brasil.
Fonte: TASS