O primeiro caso de um vírus semelhante ao Ébola foi confirmado na África Ocidental, depois de um doente ter procurado cuidados médicos e ter acabado por falecer da doença.
O vírus Marburg, que causa a doença da febre hemorrágica, pertence à mesma família do Ébola e propaga-se a humanos a partir de morcegos da fruta, e entre humanos através de fluidos corporais de pessoas, superfícies e materiais infetados.
Após o doente do sexo masculino ter procurado tratamento numa clínica local na área de Koundou, em Gueckedou, e ter falecido mais tarde, um laboratório na Guiné utilizou amostras recolhidas do doente para confirmar o vírus, tendo o Institut Pasteur, nas proximidades do Senegal, confirmado também os resultados.
A case of #Marburg virus disease has been confirmed in the southern Gueckedou prefecture of #Guinea🇬🇳. This is the first time Marburg, a highly infectious disease that causes haemorrhagic fever, has been identified in the country, & in West #Africa. https://t.co/S0DtGKBTw4
— WHO African Region (@WHOAFRO) August 9, 2021
Embora tenham sido identificados casos do vírus Marbug em países como Angola, Congo, Quénia, África do Sul e Uganda, este é o primeiro caso conhecido na África Ocidental.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) está agora a realizar o rastreio de contactos, num esforço para rastrear qualquer propagação da doença.
As taxas de mortalidade do vírus Marburg variaram de 24% a 88% em surtos anteriores, dependendo da estirpe do vírus e da gestão de casos, com sintomas que incluem febre alta, dores musculares e, em alguns casos, até hemorragias dos olhos e ouvidos.
An initial @WHO team of experts is on ground supporting the national health authorities to step up emergency response, including disease surveillance, risk assessment, community mobilization, testing, clinical care, infection prevention & logistical support. pic.twitter.com/pVD6OvJH70
— WHO African Region (@WHOAFRO) August 9, 2021
O vírus não tem atualmente nenhuma vacina ou tratamento dedicado, embora os cuidados, incluindo a reidratação com fluidos orais ou intravenosos e o tratamento de sintomas específicos, possam melhorar a taxa de sobrevivência.
Para ajudar a prevenir a propagação, as autoridades de saúde esperam sensibilizar e prevenir a infecção através da educação pública e da mobilização da comunidade. Diz-se também que os países vizinhos estão em alerta em relação ao vírus.