Os caçadores nas Ilhas Faroé mataram mais de 1.400 golfinhos durante uma caçada tradicional, naquele que já é apelidado como um dos “maiores massacres de sempre” nas Ilhas Faroé.
Pensa-se ser o maior número de golfinhos que já foram mortos durante a Grindadráp. Enormes vagens de golfinhos foram transportados para o maior fiorde das Ilhas Faroé – a baía de Skálafjörður – antes de serem mortos por terem as suas medulas espinais cortadas com facas.
As carcaças dos golfinhos foram então arrastadas para a costa e entregues aos locais para consumo. No total, cerca de 1.428 golfinhos foram massacrados no espaço de apenas 24 horas.
Nos termos da lei do país, todos os anos a população pode caçar golfinhos roazes, baleias-piloto, golfinhos de bico branco, e botos.
As imagens mostram as águas do fiorde a ficarem vermelhas de sangue enquanto os caçadores apunhalam os golfinhos.
A tradição tem sido evidente na cultura faroense há centenas de anos, apesar da oposição generalizada fora do pequeno arquipélago do Atlântico Norte, que é um território autónomo da Dinamarca.
Em declarações à BBC News, até o presidente da Associação dos Baleeiros das Ilhas Faroé admitiu que a matança este ano foi excessiva. Ele disse:
“Foi um grande erro. Pensava-se que o número de golfinhos ia rondar os 200 mas alguém se excedeu. A maioria das pessoas está em choque com o que aconteceu”.
O grupo ativista Sea Shepherd condenou veementemente a prática, argumentando que “a matança dos golfinhos e das baleias-piloto raramente é tão rápida como diz o governo das Ilhas Faroé”.
Um deputado dinamarquês das Ilhas Faroé, Sjúrður Skaale, disse que a matança anual de mamíferos marinhos é “legal mas não popular”, acrescentando que “as pessoas ficaram furiosas” com a caça que teve lugar há pouco tempo.
No entanto, acrescentou que a caça era “humana” se conduzida da forma correta.
O método habitual envolve uma lança especial que corta a medula espinal dos animais antes de o pescoço ser cortado.
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