A tentativa desesperada de superar as forças da Ucrânia está a produzir verdadeiros absurdos no alistamento de 300 mil novos recrutas da Rússia para a linha da frente, como determinou o presidente Vladimir Putin. Cartas de convocatória para a guerra estão a ser destinadas a russos que não têm a menor condição de combate, como é o caso de Ilya Pekarev, de 26 anos, que está sujeito a uma cadeira de rodas desde a sua infância.
Na mesma situação está Mikhail Timoshenko, de 40 anos, que ficou paraplégico precisamente a combater pelo exército em Moscovo. Um agente da autoridade chegou mesmo a bater à sua porta para que ele se apresentasse ao serviço. Ele falou sobre o assunto:
“Foi ridículo. Como é que isto pode ter acontecido? Eles estão simplesmente a imprimir convocatórias e a enviá-las”.
Caso insólito também viveram os pais de Avital, uma menor de idade que já fez um transplante de rim e tem problemas visuais mas que, mesmo assim, conseguiu ser recrutada. Por sorte, está fora do país.
Vu Hoang Anh Nguyen, de 24 anos, uma cidadã vietnamita que vive na Rússia, também foi chamada, porque as autoridades russas acreditavam que ela fosse homem: “O meu género não era óbvio para eles”, disse ela.
Alexander Yermolaev, de 63 anos, residente em Volgogrado, também recebeu ordem para se juntar as forças russas, apesar de estar 7 anos acima do limite máximo de idade para a convocatória e de ser diabético.
Em São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia, ocorreu algo ainda mais surpreendente, quando um homem recebeu a mesma convocatória militar… mesmo estando morto há 9 anos.
Surreal.