Os especialistas em saúde pública avisaram agora de que a pandemia que vivemos actualmente pode ser a prova de que ainda mais estão para vir, avisando que talvez tenhamos entrado numa “era pandémica”.
Uma nova investigação fala em “explosões pandémicas sem precedentes” que ocorreram na década passada, tal como a a H1N1 em 2009, a Chikunguya em 2014 ou o Zika em 2015 e prevêem a aceleração de novas pandemias nos próximos anos.
O especialista em doenças infecciosas Anthony Fauci e o seu colega do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, David Morens, sugerem que esta aceleração deve-se em grande parte à desflorestação, à aglomeração urbana e aos wet markets.
Numa investigação publicada no último mês no jornal Cell, Fauci e o epidemiologista Morens avisam que o SARS, MERS e a COVID-19 “são apenas os últimos exemplos de coronavírus e outros do mesmo género que estão para chegar”.
Apenas nos últimos 17 anos, Morens constatou que três novos coronavírus emergiram, depois de mais de um século sem serem descobertos novos. Quando consideramos que também tem havido uma explosão do ébola quase continuamente durante os últimos seis anos, uma pandemia provocada pelo Zika e o contágio global da dengue, tudo isto deixa de parecer uma coincidência.
Ele disse ao BuzzFeed News: “Não tenho uma bola de cristal, mas parece que estamos a assistir a grandes acelerações no que toca a pandemias”.
Veremos o que o futuro nos reserva…