Desde há pouco mais de um ano que a pandemia causada pelo coronavírus causou mortes e crises na economia e outros setores, mas consta-se que daqui a 10 anos, tudo isto que vivemos hoje não passará de uma má memória, já que de acordo com especialistas em evolução viral, o SARS-CoV-2 irá sofrer mutações até se converter simplesmente numa constipação comum.
A opinião dos especialistas é praticamente unânime: o SARS-CoV-2 não vai desaparecer. A verdade é que com o passar do tempo e com as vacinas, a sua presença vai ser fortemente atenuada, bem como a gravidade dos seus sintomas até, eventualmente, se tornar numa constipação comum e leve com contágio assintomático entre adultos. Isto é baseado num modelo matemático do comportamento do vírus, apoiado por especialistas em evolução viral e imunologia.
Jennie Lavine, investigadora da Universidade Emory, nos Estados Unidos, e principal autora do estudo, informou que este processo pode demorar entre 1 a 10 anos e que tudo dependerá da velocidade com que se leve a cabo o processo de vacinação, o que obviamente vai abrandar a capacidade de propagação e de ataque do vírus.
De acordo com os especialistas, o SARS-CoV-2 é similar aos outros quatro coronavírus já conhecidos que causam catarro, bem como o SARS e o MERS, que apareceram em 2001 e 2021, e que são mais agressivos. Por esta razão, espera-se que o seu comportamento seja igual e pouco a pouco, deixe de causar tantos danos e só provoque sintomas ligeiras.
O vírus passará de pandémico a endémico, o que significa que continuará presente, mas só em algumas zonas e com um baixo número de contágios. A verdade é que para chegarmos a este ponto, cabe-nos a nós seguir as medidas preventivas.
Mark Lipsitch, epidemiologista da Universidade de Harvard, manifestou que durante a década seguinte este coronavírus perderá força mas que poderão haver, ainda assim, “picos” de contágio, sobretudo na época do inverno, isto durante os próximos 4 anos, pelo menos.
Um dia de cada vez…