Para aqueles que achavam que o coronavírus acabava com o ano de 2020, acho que já ficou bem claro que a situação está longe de ser assim. Para piorar, eis que foi identificada uma nova estirpe do vírus na África do Sul, que pode unir-se com mais facilidade às células dos humanos, tornando-a mais infecciosa e difícil de tratar.
Esta variante foi descoberta no final do passado e identificada como 501Y.V2 na África do Sul, sendo que desde então têm feito investigações para saber mais acerca desta nova forma de coronavírus e de como a mesma pode atacar as pessoas. De acordo com Salim Abdool Karim, epidemiologista sul-africano, as investigações realizadas indicam que se trata de um vírus mais infeccioso do que aquele com o qual temos lidado ultimamente.
Investigadores de outros países também estão focados nesta nova variante, que consideram altamente perigosa, já que tem mais de 20 mutações, sobretudo na proteína “spike”, que é a que permite que o vírus infete células humanas.
Uma das preocupações principais é sobre a vacina, pois teme-se que a nova variante tenha maior resistência, tornando as vacinas existentes potencialmente menos eficazes. De acordo com Salim Abdool Karim, no entanto, ainda não há provas de que isto pode acontecer, sendo que para já a previsão é de que é pouco provável que aconteça, dada a resposta imunitária que a vacina despoleta.
Esperemos por dias melhores.