Um novo estudo confirmou que a terra está a perder 1.2 triliões de toneladas de gelo por ano.
O marco lamentável foi publicado no jornal Cryosphere, e revelou que a perda de gelo aumentou em quase 60% desde 1994, graças à aceleração do aquecimento global.
Entre 1994 e 2017, a Terra perdeu mais de 28 triliões de gelo – suficiente para cobrir o Reino Unido com uma camada de 90 metros de profundidade – uma soma que está prevista para continuar a subir à medida que a temperatura da atmosfera da Terra continua a aumentar.
Entretanto, o nível do mar subiu 3.3cm globalmente desde 1994, segundo o E&E News.
Este último estudo foi a primeira vez que o gelo do planeta inteiro foi avaliado como um todo, tendo em conta os lençóis de gelo da Gronelândia e da Antártida, o gelo marinho do Ártico e da Antártida, e os glaciares de montanha em todo o mundo.
O investigador climático e autor principal do estudo do Cryosphere, Thomas Slater, disse numa declaração:
“Os lençóis de gelo seguem agora os piores cenários de aquecimento climático estabelecidos pelo Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC).”
“A subida do nível do mar a esta escala terá impactos muito sérios nas comunidades costeiras neste século.”
Se as estimativas do IPCC estiveram corretas, os níveis do mar podem ter aumentado mais de 40 centímetros no ano de 2100.
No entanto, enquanto nós, como espécie, nos debatemos sobre como ser mais amáveis para o nosso ambiente, outro estudo recente sugeriu que é pouco provável que o ritmo a que o nosso planeta está a perder gelo pare de acelerar.
Um estudo publicado recentemente no Science Advances revelou que 74 grandes glaciares nas estruturas da Gronelândia estão a ficar enfraquecidos como resultado de estarem a ser infiltrados pelas águas de mares em aquecimento.
“É como cortar os pés ao glaciar em vez de derreter o corpo todo. Derretes os pés e o corpo cai, ao contrário de derreter o corpo todo”, explicou Eric Rignot no The Washington Post.
Prosseguiu, dizendo que as previsões de subida do nível do mar podem ser excessivamente conservadoras e que podem vir a subir muito mais cedo do que pensamos.