A vacina trazida pela Rússia para combater o coronavírus é segura e induz uma resposta imune, de acordo com o que foi possível constatar pelo resultado dos testes preliminares.
Foi em agosto que o Kremlin anunciou que a vacina para a COVID-19, conhecida como Sputnik V, ia começar a ser produzida em massa, apesar da preocupação geral dada a rapidez com que foi produzida.
Foi reportado que a vacina, desenvolvida pelo Gamaleya Research Institute, em Moscovo, não tem nenhuns efeitos secundários e que consegue induzir anticorpos em todos os participantes que aderiram às duas rondas iniciais de testes.
Os resultados dos testes foram publicados no jornal médico The Lancet no dia 4 de setembro. No entanto, de acordo com o que foi reportado pelo Independent, os especialistas não envolvidos no estudo dizem que os resultados são “encorajadores mas curtos” e que não provam a 100% se a vacina é segura ou não.
De recordar que há uns tempos, Putin descreveu a vacina como “um passo muito importante para o mundo”, tendo dito que “funciona de forma muito eficaz, cria uma imunidade muito forte e passou em todos os testes necessários”.
Os resultados publicados no The Lancet lustraram a fase um e dois de testes, onde 76 voluntários, todos eles adultos saudáveis com idades entre os 18 e os 60 anos de idade, participaram, tendo permanecido no hospital 28 dias depois da vacinação.
Duas variações da vacina foram testadas: uma fórmula congelada concebida para o uso à escala global e outra alternativa liofilizada para regiões mais remotas.
Em 21 dias, a Sputnik V induz uma resposta dos anticorpos, sem quaisquer efeitos secundários. Para além disso, a vacina também despoleta uma resposta do Linfócito T, beneficial a longo prazo contra o vírus.
A terceira fase de testes já começou, sendo que 40 mil voluntários vão ser injectados com a vacina.