Uma carta escrita por uma estudante nos anos 60, que imaginava como seria a vida no futuro, apresenta algumas previsões assustadoramente precisas.
A carta, que tem mais de 50 anos, foi descoberta por Rosa Beckerton e pelo seu marido Peter de Cambridgeshire quando estes foram estofar um sofá que compraram em segunda mão.
Aquela parecia uma composição escrita para um trabalho da escola por uma rapariga de 11 anos em 1969, onde ela discutia como pensava que seria a vida em 1980.
Embora algumas das suas previsões fossem um pouco estranhas – incluindo a sugestão de que iríamos receber toda a nossa comida através de pastilhas elásticas – o casal ficou muito surpreendido porque ela acertou em cheio em algumas das suas ideações, como quando por exemplo conseguiu prever que íamos utilizar fortemente plataformas de videoconferência (caso do Zoom).
A carta, datada de 23 de fevereiro de 1969, diz o seguinte:
“O ano é 1980. Aqui tenho 21 anos de idade, sentada numa almofada de ar. Lembro-me de quando tinha 11 anos de idade e estava na escola, as coisas mudaram desde então. Por exemplo, a televisão mudou. Em 1969 era uma caixa quadrada com botões à frente. Agora é um grande ecrã com puxadores no braço da cadeira para a ligar e desligar”.
Como podes ver, isto não está longe da ideia dos comandos remotos, que só se tornaram populares nos anos 70 e 80.
Ela continuou: “Sou casada e trabalho num banco, a lidar com dinheiro. Sempre quis ser assistente de um banco. Bem, o meu marido vai estar em casa depois do trabalho, mas eu não tenho chá para preparar como fizemos em 1969”.
“Tudo o que temos é um pedaço de pastilha elástica para comer. Podem pensar que não temos o suficiente para comer, mas estão enganados, porque este pedaço de pastilha elástica é comida. Mastiga-se esta pastilha elástica e sente-se a comida. Também se pode saboreá-la e não é preciso lavar loiça de seguida”.
“Aqui está o meu marido agora. ‘Carrega no botão, querida’. O que eu quero dizer é que se carregarem no botão para a porta se abrir, verão que as nossas portas são portas eléctricas”.
E é aqui que entra a parte do Zoom: “Em 1969 o telefone era uma coisa muito diferente de hoje, porque agora é possível ver as pessoas com quem se está a falar, pois há um ecrã onde se pode ver as pessoas. É um pouco como uma televisão”.
Em cheio.
É certo que teve uma boa nota, mais não fosse pela imaginação.