Um comandante russo foi deliberadamente morto pelas suas próprias tropas após a unidade que liderava ter sofrido com perdas pesadas durante os combates na Ucrânia.
O coronel Yuri Medvedev, comandante da 37ª. Brigada de Espingardas Motorizadas, foi atropelado por um tanque conduzido pelos seus próprios soldados, de acordo com um oficial ocidental anónimo, que disse que a acção foi tomada “como consequência da escala das perdas da sua brigada”.
Trata-se assim do sétimo general russo a morrer desde a invasão da Ucrânia, iniciada há um mês.
No início da semana, foi noticiado por um jornalista ucraniano que Medvedev tinha sido gravemente ferido depois de ambas as pernas terem sido esmagadas quando foi atropelado pelas suas próprias tropas, com as alegações do oficial ocidental a sugerirem que desde então morreu devido aos ferimentos provocados.
Roman Tsymbalyuk relatou que Medvedev tinha sido atropelado por um tanque depois de ter sido responsabilizado pela morte de mais de metade dos 1500 homens sob o seu comando durante os combates em Makariv, uma cidade perto de Kyiv que foi recapturada pelas forças ucranianas esta semana.
Num vídeo alegadamente partilhado aos meios de comunicação social pelo líder checheno Ramzan Kadyrov no início deste mês, Medvedev foi visto a ser tratado pelas tropas chechenas na sequência do incidente.
Consta-se que o comandante tinha sido transportado para uma instalação médica na Bielorrússia. A sua morte não foi confirmada pela Ucrânia ou pela Rússia.
Assassinatos de oficiais militares superiores pelas suas próprias tropas – conhecidos como “fragging” – têm sido relatados durante várias guerras, sobretudo no Vietname. O termo “fragging” refere-se às granadas de fragmentação que foram frequentemente utilizadas por soldados americanos num esforço para fazer com que as mortes parecessem acidentais.
A guerra parece não acabar.