Bill Gates disse que prevê que o mundo volte “completamente ao normal” até ao final de 2022.
É verdade que, por um lado, o final do próximo ano parece estar agora muito distante, mas a perspetiva de um regresso à normalidade é animadora – por muito pacientes que tenhamos entretanto de ser.
Ao falar para o jornal polaco Gazeta Wyborcza e para a estação de televisão TVN24, Gates, de 65 anos, disse o seguinte sobre a pandemia: “Isto é uma tragédia incrível”.
Ele disse que a única boa notícia que temos neste momento é o acesso às vacinas, acrescentando: “No final de 2022 devemos estar basicamente de volta ao normal”.
No seu livro recentemente publicado, How To Avoid A Climate Disaster – The Solutions We Have And The Breakthroughs We Need, Gates diz que a pandemia desfez 25 anos de progresso em relação à doença.
O cofundador da Microsoft escreve: “Globalmente, a Covid-19 tem desfeito décadas de progresso relativamente à pobreza e à doença.”
“À medida que os governos avançaram para lidar com a pandemia, tiveram de afastar pessoas e dinheiro de outras prioridades, incluindo programas de vacinação.”
“Um estudo do Institute for Health Metrics and Evaluation revelou que em 2020, as taxas de vacinação baixaram para os níveis registados pela última vez nos anos 90.
“Perdemos 25 anos de progresso dentro de cerca de 25 semanas”.
Ele explica que as nações ricas devem investir ainda mais no reforço dos cuidados de saúde mundiais para estarem melhor preparadas para outra pandemia – propondo que os líderes mundiais devam trabalhar em projetos que simultaneamente impulsionem as economias atingidas pela Covid e combatam as alterações climáticas.
Ao investirem no desenvolvimento de energia limpa, diz Gates, os governos podem criar empregos rapidamente e ajudar a reduzir as emissões.
Ele continua: “O ano 2020 foi um enorme e trágico retrocesso. Mas estou otimista de que em 2021 teremos a Covid-19 sob controlo.
“E estou mais otimista que faremos progressos reais no que diz respeito às alterações climáticas – porque o mundo está mais empenhado do que nunca em resolver este problema”.