Um enfermeiro de cuidados intensivos da Califórnia, identificado como Matthew W., testou positivo para o coronavírus 8 dias depois de ser injetado com a vacina da Pfizer. De acordo com a sua publicação no Instagram, ele recebeu a vacina dia 18 de Dezembro.
Na véspera de Natal, Matthew começou a sentir-se doente depois do seu turno na unidade de COVID-19. Ele trabalha em dois hospitais diferentes em San Diego. Revelou ao ABC 10 News que sentiu arrepios antes de sentir fatiga e dores musculares.
Ele foi a um hospital no dia 26 de Dezembro para ser testado, obtendo um resultado positivo. Mas de acordo com os especialistas de saúde, “não é de todo inesperado”, apesar do facto de ter acontecido ser surpreendente.
O Dr. Christian Ramers, um especialista em doenças infecciosas da Family Health Centers of San Diego, explicou que é possível que o enfermeiro tenha sido infetado antes de receber a vacina.
“Nós sabemos pelo ensaios clínicos da vacina que demora 10 a 14 dias até que o corpo comece a desenvolver a proteção da vacina”, disse Ramers.
Acrescentou que existiram casos semelhantes de auxiliares de saúde que foram infetados mais ou menos na mesma altura em que vacinados.
“A primeira dose dá por volta de 50%, e precisamos da segunda para chegar aos 95%.”
Quanto a Matthew, diz que se está a sentir melhor desde que exibiu sintomas.
Os Centers for Disease Control and Prevention partilharam dados que mostram que os esforços de vacinação nos Estados Unidos estão a andar mais lentamente do que é preciso. Mostram que apenas 2.1 milhões de americanos receberam a primeira dose depois de serem enviadas 11.4 milhões no inicio de Dezembro.
A lenta implementação do programa foi considerada culpada e, ao ritmo actual, pode levar quase 10 anos a completar, de acordo com um novo relatório.
As autoridades de saúde tinham prometido nos últimos meses que “20 milhões de americanos receberiam a vacina COVID-19 até ao final de 2020 e 80% da população total seria vacinada até finais de Junho”.