Um novo estudo sugere que os morcegos-vampiros se distanciam socialmente uns dos outros quando um deles está doente, provavelmente para prevenir que a doença se espalhe.
Para adquirirem esta informação notável e ligeiramente bizarra, a equipa de cientistas dos Estados Unidos injetou vários morcegos com endotoxinas que estimulam uma resposta imunitária e ligou-os a sensores de proximidade, antes de os usarem para registar os movimentos dos animais.
Descobriram que os morcegos doentes não se associavam a tantos companheiros do seu grupo, passavam menos tempo com morcegos em geral e estavam menos ligados socialmente àqueles que estavam saudáveis dentro do grupo.
Afirmam que este distanciamento social observado nos animais não requer qualquer cooperação com os outros animais e é, segundo eles, comum em todo o mundo natural.
O artigo, que foi publicado no jornal Behavioural Ecology, dizia: “Quando os animais estão doentes, encontram-se com menos companheiros.”
“Nós vigiamos o seu “distanciamento social” involuntário de hora a hora numa colónia selvagem de morcegos-vampiros.”
O estudo usou 31 morcegos adultos fêmea que foram capturadas numa árvore oca em Belize, na América Central.
Mais de metade dos morcegos foram injetados com endotoxinas para que ficassem doentes, enquanto os restantes receberam injeções de soro inofensivas.
O estudo revelou que aqueles que foram injetados coma substância que punha em causa o seu sistema imunitário dormiam mais, mexiam-se menos e tinham muito menos interações do que os outros morcegos.