Robb Wolf, um ex investigador bioquímico que trabalha no Texas, é coautor do livro ‘Sacred Cow: The Case For (Better) Meat’ com a nutricionista Diana Rodgers.
Robb sofreu de colite ulcerosa que é um doença que afeta o cólon e o reto, deixando-os inflamados. Isto aconteceu enquanto seguia um dieta vegan.
Antes de mudar para um dieta paleo rica em proteína, tinha uma resseção intestinal marcada e estava a tomar estatina, medicamentos para a tensão arterial e anti-depressivos. A sua nova dieta inclui carnes e peixes magros, assim como vegetais, e desde então os seu problemas desapareceram.
Diana também melhorou dos seus problemas digestivos desde que descobriu que tinha a doença celíaca, que era provocada pelo seu estilo de vida vegan. Decidiu trocar os pacotes de comida não vegan por “qualquer carne e vegetais que tenha em casa”. Diz que carne bem criada é boa para nós e para o planeta.
Numa discussão com o Daily Telegraph, o par explicou que “os humanos não evoluíram para ser vegan” e que “proteína animal é saudável e deve ser consumida”.
Disseram também que os nossos dentes conseguem desfazer carne, enquanto temos o cólon menor – parte do intestino que desfaz fibra – que o de outros primatas.
Partilharam que uma dieta sem carne pode levar a deficiências nos níveis de ferro e que uma mulher tem de consumir duas latas de grão de bico (510g) para satisfazer a sua dose recomendada de proteína. Comendo fígado de porco, apenas seria necessário comer 80g.
Para além disso, o corpo consegue absorver até 20% de ferro na carne vermelha, enquanto no máximo absorve 4.7% nas plantas.
Robb e Diana disseram depois que os alimentos vegetais contêm tanta proteína por caloria quanto a carne. Para obter 30g de proteína, uma pessoa precisaria consumir 640 calorias de feijão, em comparação com 1137 calorias de peixe.
As orientações do governo recomendam que a ingestão de proteínas seja de 0,8g por quilograma do seu peso corporal.
Proteína é vital para que o corpo retenha a sua massa muscular, especialmente quando se faz exercício regularmente, e para manter o sistema imunitário, a produção de hormonas, o cabelo e as unhas saudáveis e num bom estado.
Apesar das suas conclusões, reconheceram que ser vegan pode ser bom para a dieta de algumas pessoas, especialmente para quem come refeições processadas frequentemente.
A dupla defendeu que consumir carne de origem sustentável e comer mais miudezas pode ser nutritivo e barato.
Diana adotou uma mentalidade de “agricultura regenerativa” e afirma que as mudanças climáticas podem ser revertidas reconstruindo a matéria orgânica do solo e restaurando a biodiversidade degradada do solo. A nutricionista tem uma quinta de vegetais orgânicos em Massachusetts.
Apesar de estarem preocupados com as mudanças climáticas, Robb e Diana acreditam que o consumo de carne bem criada é muito menos culpada pelos problemas climáticos do que as lojas de roupa ou produtos de uso único.