A Polícia Nacional das Filipinas (PNP) declarou que os casais estão proibidos de fazer demonstrações públicas de afeto. A regra tem como objetivo ajudar a diminuir a propagação de casos de Covid-19 no país.
Segundo o porta-voz da PNP, Ildebrandi Usana, a polícia foi instruída a chamar à atenção casais que estejam a beijar-se, abraçar-se, ou até a dar as mãos em público.
Numa entrevista, Usana explicou que a proibição é importante, especialmente agora que o país suspendeu certas restrições.
“Todos sabemos que a economia reabriu e muitas pessoas vão para a rua por lazer. Muitas pessoas sentem realmente falta da companhia umas das outras”, disse ele.
Usana lembrou que a intimidade física em público é uma violação dos protocolos de saúde e segurança. “Se os virmos abraçados, ombro a ombro e muito próximos uns dos outros, é uma violação automática”, disse ele aos meios de comunicação social.
Entretanto, o Presidente do Senado Pro Tempore Ralph Recto expressou a sua oposição à proibição, salientando que a declaração de Usana “parece ser uma declaração policial de guerra contra o amor, e não contra a COVID”.
“Se todos os atos de demonstração pública de afeto são proibidos – beijos inofensivos, mãos dadas, abraços – então as regras fazem fronteira com o absurdo”, disse Recto.
O senador também perguntou:
“Tomem nota, a declaração do porta-voz da PNP reprova a exibição pública de afetos ‘por razões de saúde’. Então um casal que partilha a cama à noite não pode despedir-se na rua quando vai cada um para o seu trabalho, e devem simplesmente mandar um ao outro emojis de beijos”.
“As palavras podem mover-se – e assustar – uma nação”. Quando segurarem um microfone com volume alto, não o tratem como um apito policial que pode soprar a qualquer momento”, observou Recto.