A morte de Christine Dacera, uma assistente de bordo de 23 anos, fez parte das noticias principais nas Filipinas, onde foi encontrada sem vida num quarto de hotel. A investigação da possível violação coletiva e homicídio levou a que os seus companheiros da festa da véspera de ano novo fossem interrogados.
Christine era a única mulher presente na festa, que decorreu num dos quartos do hotel. Com ela estavam 11 homens, dos quais maior parte eram gays, segundo o que foi reportado. Um deste homens era Gregorio Angelo Rafael “Gigo” de Guzman, de 34 anos, que partilhou a história dos eventos que levaram à morte de Christine na manhã de 1 de Janeiro.
Numa entrevista pelo telefone, Gigo disse que foi convidado para a festa por dois amigos de Christine, Rommel Galido e John Paul Reyes Halil.
Gigo chegou à festa por volta das 21h. Acrescentou que foi a primeira vez que se encontrou com Christine, que lhe contou a história de como o seu grupo de amigos foi formado.
À medida que a festa progrediu, mudaram para outro quarto que o grupo também tinha alugado. Gigo mencionou que todos os homens no quarto eram gays. Nesse quarto jogaram um jogo que Christine ganhou. Depois disso voltaram para o quarto original.
Gigo lembrou-se de Christine fazer uma piada sobre o dinheiro do prémio, que era bastante menos do que ela esperava. As pessoas do grupo riram-se do seu comentário. Também se lembra de gravarem um TikTok com o telemóvel de Christine. Ela chegou até a fazer um vídeo live de si mesma.
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A festa continuou até de madrugada. Gigo salientou que não haviam drogas durante a festa e que só havia whiskey e tequila.
As drogas tornaram-se um ponto central da investigação, pois a polícia relatou que Christine pensava que as suas bebidas estavam a ser drogadas e que partilhou isto com um amigo. Gigo negou isto dizendo que não viu ninguém a consumir drogas, acrescentando que ele próprio é “alérgico”.
Às 3h ou 4h da manhã, Gigo foi dormir. Quando acordou ao meio dia, descobriu que algo de mau tinha acontecido a Christine – Rommel encontrou-a inconsciente na banheira. Pediu ajuda a outras pessoas no quarto quando não conseguiu acordar Christine.
Gigo foi à casa de banho e verificou o corpo da rapariga em busca de sinais de respiração e batimentos cardíacos. Não havia nenhum. Levantaram-lhe o corpo, colocaram-na no chão, e tentaram reanimá-la. Quando não conseguiram, chamaram a recepção do hotel para pedir ajuda.
As câmaras de segurança capturaram os últimos momentos de Christine Dacera:
Passados alguns minutos, o gerente do hotel e o chefe de segurança chegaram ao quarto. Decidiram levar Christine para o hospital. Gigo acrescentou que a equipa usou uma cadeira de rodas em vez de uma maca para a transportar.
Rommel Galido recorda que Christine, que estava bêbeda na altura, lhe disse que sentia qualquer coisa e suspeitava que alguém poderia ter colocado algo na sua bebida. Galido acrescenta que Christine mencionou alguém chamado “Mark” referindo-se a Mark Anthony Rosales, um dos suspeitos no referido caso.
Gigo negou que Christine tenha sido violada coletivamente. Salientou que todas as pessoas na festa com Christine eram homens gays.