Greta Thunberg apelou à “mudança” nas suas redes sociais depois da NASA ter declarado 2020 como o ano mais quente de que há registos.
A ativista ambiental de 18 anos escreveu no Twitter: “Estamos numa emergência climática e ainda não se vêm mudanças. Os únicos que podem mudar isso somos nós. Divulguem a mensagem. Sejam a mudança.”
2020 was the hottest year ever recorded – NASA.
The last 6 years have all been the hottest on record.
We’re in a climate emergency and the changes needed are still nowhere in sight. The only ones who can change that are us.
Spread awareness. Be the change.https://t.co/AxSQcsiZ4h— Greta Thunberg (@GretaThunberg) January 14, 2021
O Goddard Institute for Space Studies(GISS) da NASA em Nova Iorque descobriu recentemente através da sua análise que 2020 ultrapassou 2016 para ser o ano mais quente de que existem registos por menos de 1/10 de 1º, revelou a agência espacial num comunicado à imprensa.
No entanto, vale a pena mencionar que esta unidade de medida está abrangida pela margem de erro da NASA, o que significa que os dois anos são, de facto, os mais quentes de que há registo.
Entretanto, a US National Oceanic and Atmospheric Administration pôs 2020 imediatamente atrás de 2016 no ano mais quente registado.
Num comunicado à imprensa da NASA, o diretor do GISS, Gavin Schmidt, disse:
“Os últimos 7 anos foram os mais quentes de que há registo, caracterizando a tendência de aquecimento contínuo e dramático.”
“Se um ano é ou não um recorde não importa – as coisas importantes são as tendências a longo prazo. Com estas tendências, e à medida que o impacto humano sobre o clima aumenta, será de esperar que os recordes continuem a ser batidos.”
O impacto ambiental de um planeta mais quente tem potencial para ser devastador.
Segundo o New York Times, ao falar depois de Novembro ter sido declarado o Novembro mais quente de sempre, Carlo Buontempo, director do Copernicus Climate Change Service (CS3), disse: “Estes registos são consistentes com a tendência de aquecimento a longo prazo do clima global”.
“Todos os responsáveis pela definição de políticas que dão prioridade à atenuação dos riscos climáticos, devem ver estes registos como sinais de alarme e considerar mais seriamente do que nunca a melhor forma de cumprir os compromissos internacionais estabelecidos no Acordo de Paris de 2015.”
2020 was the hottest year in the global temperature record, going back 140 years. 2020 statistically tied with the previous record holder, 2016 – a year when El Niño, a cyclical climate pattern, gave temperatures an above average boost. pic.twitter.com/Ght03Sl2VQ
— NASA GISS (@NASAGISS) January 14, 2021
O Acordo de Paris foi concebido para impedir que as temperaturas globais subissem mais de 1,5°C, mas em 2017, Donald Trump anunciou que os EUA iriam abandonar o acordo.
Contudo, a Sky News informa que Joe Biden está a preparar-se para reentrar no acordo depois de ter tomado posse como presidente.