Um médico legista deu um veredicto histórico relativamente à morte de uma jovem de apenas 9 anos de idade: aparentemente, a morte foi causada por poluição do ar.
Ella Kissi-Debrah faleceu no ano de 2013 de insuficiência respiratória aguda, asma severa e exposição a poluição aérea, de acordo com o médico Philip Barlow.
Ele disse que a morte precoce da jovem se deveu em parte aos níveis de dióxido de nitrogénio e de material particulada, que estavam mais elevados do que aquilo que era legal, de acordo com normas da Organização Mundial de Saúde.
A fonte principal destas substâncias são as emissões no trânsito.
Barlow disse que a falha em ter reduzido os níveis de poluição para valores dentro dos limites legais pode ter contribuído para a morte de Ella, bem como a falha da mãe em não ter fornecido informação suficiente acerca de como a poluição do ar pode agravar a asma.
Barlow acabou por afirmar que Ella morreu de asma, que agravou devido à exposição excessiva de poluição aérea”.
Depois, disse que os níveis de dióxido de nitrogénio nas redondezas da casa de Ella, em Lewisham, excediam os limites legais quer do Reino Unido, quer da União Europeia.
A sua mãe, Rosamund Kissi-Debrah, lutou durante quatro anos para que a morte da sua filha fosse examinada por um segundo médico legista.
Os advogados da mãe disseram que a poluição aérea era uma emergência de saúde pública e querem que seja esta a causa de morte que fique registada para garantir que os programas de saúde pública ganhem mais consciência.
Sadiq Khan, o Mayor de Londres, disse que a conclusão retirada deste caso foi um “momento histórico” e disse que a poluição atmosférica é uma “crise de saúde pública”.