Seis dias depois de ter recebido uma visita da filha num hospital na Coreia do Sul, um paciente com cancro acabou por falecer. Aquele encontro marcou a última vez que se viram, mas acabou mesmo por resultar na condenação da filha pela Justiça.
Segundo o Tribunal Distrital de Cheongju, a mulher em questão quebrou a quarentena ao ter ido ver o pai e, por isso, precisa pagar uma multa de aproximadamente 1000 euros.
Os documentos judiciais informam que a filha do paciente tinha chegado de viagem dos Estados Unidos, no dia 24 de abril de 2020, e precisava de ficar duas semanas em isolamento por precaução, devido à pandemia.
No entanto, no dia seguinte ao desembarque, ela foi à unidade de saúde onde o seu pai estava internado, com cancro terminal, em estado crítico. Alguns dias depois, saiu o resultado do teste pelo qual ela passou no aeroporto, logo após sua chegada ao país: deu negativo para a COVID-19.
A sentença para a mulher, de 33 anos, foi determinada como o pagamento de uma quantia que, de acordo com o The Korea Times, é inferior às penalidades usuais adotadas para o mesmo tipo de delito.
“Não foi um crime leve quebrar a regra de isolamento em situações destas, considerando a gravidade da situação da COVID-19”, é possível ler-se no documento que ditou a decisão judicial. “Levámos em consideração o motivo da violação desta regra quando ela tentou encontrar seu pai pela última vez, e a sua violação não espalhou o vírus”.
A denúncia contra a mulher tinha sido apresentada pela Câmara de Cheongju um dia depois da visita dela ao pai. O incumprimento da quarentena foi confirmado por meio de um sistema de rastreamento por GPS.
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