O buraco de ozono na Antártida atingiu o seu tamanho máximo anual. Infelizmente, é o maior e mais fundo que vimos nos últimos anos.
A camada de ozono tem a principal missão de manter a Terra em segurança, absorvendo as radiações ultravioletas do sol. Apesar dos problemas com a camada de ozono não causarem necessariamente o aquecimento global, ambos os problemas estão ligados ao uso de gases com efeito de estufa por parte do homem.
O buraco que reside acima da Antártida é sazonal, tendo flutuações de tamanho nos meses de inverno. Depois de em 2019 termos visto o buraco de ozono mais pequeno dos últimos 30 anos, os dados de 2020 não são tão positivos.
A Agência Espacial Europeia explicou em comunicado: “Quando as temperaturas na estratosfera começam a aumentar no hemisfério sul, a destruição do ozono abranda, os vórtices polares enfraquecem e acaba por quebrar, e no final do mês de dezembro, os níveis de ozono voltam ao normal”.
No último ano, o buraco media 16.4 milhões de quilómetros quadrados. No entanto, descobertas feitas pelo satélite Copernicus Sentinel-5P constataram que este ano, o buraco atingiu o tamanho máximo de 25 milhões de quilómetros quadrados, no dia 2 de outubro.
Diego Loyola, do German Aerospace Center, disse: “As nossas observações sugerem que o buraco do ozono em 2020 cresceu bastante a partir do final de agosto, cobrindo grande parte da Antártida com um tamanho acima da média. O que também é interessante de ver é que o buraco de ozono em 2020 é um dos mais profundos e mostra valores mínimos recorde de ozono”.