Muitas pessoas têm um grande gosto pelo mundo das investigações criminais e por tudo o que lhes diz respeito. Estas investigações surpreendem-nos sempre, e não importa se são sobre um assassino em série, casos de conspiração ou um desaparecimento sem qualquer explicação, como o caso que vais ver de seguida.
Brian Shaffer nasceu em Pickerington, um subúrbio nos arredores de Columbus, Ohio, onde se situa a Universidade Estatal de Ohio e onde ele próprio estudou.
Brian era o mais velho dos dois filhos de Randy e Renee Shaffer. Acabou o ensino secundário em 1997 e depois disso, entrou na Universidade Estatal de Ohio, tendo-se formado em 2003 com uma licenciatura em Microbiologia.
Em 2004, ele começou os seus estudos na Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Ohio e a meio do seu segundo ano de faculdade de medicina em 2006, a sua mãe faleceu, vítima de mielodisplasia, um tipo de cancro que afecta diretamente o sangue.
Brian mantinha um relacionamento com Alexis Waggoner, uma colega de turma sua. Ela, bem como a sua família e amigos, acreditavam que ele iria pedir-lhe em casamento mais tarde nesse ano, durante uma viagem a Miami que o casal planeou com bastante antecedência para as férias da Primavera.
Brian comentava frequentemente em conversa que gostava de ter um estilo de vida descontraído, por isso este destino de férias era muito apelativo para ele, mas ao mesmo tempo era inflexível quanto a terminar a sua formação médica. No entanto, de acordo com os seus amigos, a sua verdadeira ambição era iniciar uma banda, bem ao estilo de Jimmy Buffett.
Recordemos que neste tipo de casos é importante ter em conta até o mais pequeno detalhe que nos possa dar uma pista. Passemos agora aos factos que levaram ao seu desaparecimento…
As aulas do semestre terminaram na sexta-feira, dia 31 de março de 2006, e foi aí que as férias da Primavera tiveram início. Para celebrar, Brian e o seu pai saíram para jantar e enquanto conversavam, Randy reparou que o seu filho estava a mostrar fadiga por ter passado noites sem descanso a estudar para os seus exames.
Brian combinou encontrar-se com a sua amiga Florence às 21 horas do mesmo dia num bar chamado Ugly Tuna, localizado em South Campus Gateaway na High Street.
Por volta das 22h00, Brian telefonou à sua namorada, que tinha regressado à casa dos pais em Toledo, Ohio, porque queria visitá-los antes de ir de férias para Miami com ele.
Posteriormente, Brian e Florence foram a vários bares antes de se dirigirem ao Arena District, um bairro conhecido pelos seus muitos bares. Depois da meia-noite encontraram-se com Meredith Reed, uma amiga de Florence que se juntou à festa. Ela levou-os de volta para o Ugly Tuna e enquanto lá estiveram, Brian separou-se do grupo.
Constatando que Brian estava a demorar muito a regressar, Florence e Meredith começaram a ligar para ele repetidamente, mas após várias tentativas, os dois amigos decidiram deixar o local por volta das 2:00 da manhã, na esperança de ver Brian, mas quando perceberam que ele não estava na multidão, assumiram que ele já tinha regressado a casa sem lhes dizer nada.
Nesse fim-de-semana, tanto a sua namorada como o seu pai tentaram contactá-lo, mas não obtiveram resposta. De facto, na segunda-feira de manhã, ele e Alexis perderam o voo que já estava há muito marcado para Miami. Depois disso, ele foi dado como desaparecido à polícia de Colombus.
As autoridades iniciaram a investigação sobre o seu desaparecimento no bar Ugly Tuna, que tinha câmaras de segurança. As gravações foram cuidadosamente revistas e em algumas delas foi possível ver Brian, Florence e Meredith a subir as escadas até à entrada principal do estabelecimento à 1:15 da manhã.
Depois disto, Brian pôde ser visto fora do bar por volta da 1:55 da manhã, à conversa com duas raparigas. É aí que ele desaparece da vista da câmara, voltando para a entrada do bar para aparentemente reentrar no mesmo. O que é curioso, porém, é que as câmaras não conseguiram captar a sua saída quando o bar fechou.
Os investigadores até sugeriram que ele possa ter mudado de roupa enquanto estava dentro do bar ou até colocado um capuz para sair com a cabeça baixa com o intuito de esconder a cara e enganar as câmaras.
Para além disso, pensava-se que ele podia ter saído pela porta traseira do estabelecimento, mas a mesma não era para uso público e a área a que a saída conduzia dava para uma zona em construção, pelo que a polícia pensou que seria um local difícil de caminhar em estado normal e ainda mais sob o efeito de álcool.
Os funcionários começaram a verificar as filmagens de outros bares para ver se seria possível explicar como Brian tinha saído do bar, mas nenhuma das filmagens da câmara dos três bares mais próximos mostrava qualquer indicação de para onde ele poderia ter ido.
A busca começou a espalhar-se a partir daquele bar, e até cães da polícia foram utilizados para o tentar localizar. Depois, foram colocados vários cartazes pela região para tentar encontrar o seu paradeiro. Mais do que isso, o sistema de esgotos foi investigado, mas nenhum progresso foi feito.
O seu apartamento na King Avenue estava em ordem e o seu carro ainda estava estacionado no exterior.
Após tantas buscas, a polícia considerou a possibilidade de um acidente ou até de uma partida. Como a morte da sua mãe era tão recente, pensou-se que ele poderia estar a sofrer com isso, mas o seu desaparecimento era permanente e não foi encontrada nenhuma razão para ele o ter feito voluntariamente.
As pessoas que viram Brian durante a noite do seu desaparecimento foram convidadas a fazer um teste de polígrafo. O pai de Brian e Meredith passaram-no, tal como todos os outros, mas Florence recusou-se a aceitá-lo.
A namorada de Brian telefonava-lhe todas as noites antes de dormir e deixava-lhe algumas mensagens de voz, e a certa ocasião, ela conseguiu ouvir o telemóvel a chamar. No entanto, a companhia telefónica declarou que o que foi ouvido foi um erro informático.
O seu pai começou a procurar o seu filho sozinho, e foi até a um vidente que lhe disse que o corpo do seu filho estava debaixo de um cais, por isso ele, o irmão de Brian e as pessoas interessadas no caso começaram a procurar nas margens do rio Olentangy, mas não encontraram nada.
Esta possibilidade levou a polícia a considerar a teoria de que Brian morreu às mãos de um assassino em série, mas essa hipótese acabou por ser descartada.
Randy Shaffer, o pai, acabou por falecer em 2008 por um ramo que se partiu de uma árvore e o atingiu com muita força.
A verdade é que se trata de um caso bastante estranho e a verdade, essa ninguém sabe.
Dizem que “não há crime perfeito” e, claro, isso pode ser provado porque a verdade vem sempre ao de cima: muitos dizem que Brian deixou o bar naquela noite e está a viver uma nova vida. Para além disso, pensou-se que tinha acordos com as autoridades locais para passar despercebido, mas isto não foi provado de forma alguma.
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