Os especialistas da OMS alertaram que podem haver pandemias piores ainda por vir, salientado que, apesar da gravidade da pandemia do coronavírus, esta pode não ser necessariamente “a maior”.
Estas declarações foram feitas no Final Media Briefing 2020, que enfatizou que nós, como espécie, teremos de aprender a viver com o coronavírus.
Vê o briefing em baixo:
Ao falar durante o briefing, o Dr. Mark Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, declarou que é provável que a COVID-19 se torne uma endemia, explicando que os países vão ter de aprender a viver com o vírus mesmo depois das vacinas.
O Dr. Ryan disse:
“Vou dizer uma coisa que pode ser um choque para muitas pessoas. Esta pandemia tem sido muito severa. Espalhou-se pelo mundo inteiro extremamente rápido e tem afetado todos os cantos do planeta. Mas não é necessariamente a maior de todas.”
“O vírus é muito transmissível. Mata pessoas e privou muita gente de estar com os seus familiares. Mas o seu número actual de mortes é razoavelmente baixo em comparação com outras doenças emergentes.”
Continuou:
“Isto é uma chamada de atenção. Estamos a aprender, agora, como fazer as coisas melhor: ciência, logística, formação e governação, como comunicar melhor. Mas o planeta é frágil. Vivemos numa sociedade global cada vez mais complexa. Estas ameaças vão continuar.”
“Se há uma coisa da qual precisamos de reter desta pandemia, com toda a tragédia e perda, é que precisamos de nos recompor. Precisamos de nos preparar para algo ainda mais severo no futuro. Precisamos que honrar aqueles que perdemos ao tornarmo-nos melhores no que fazemos todos os dias.”
Ao falar durante o briefing, o cientista chefe da OMS, Dr. Soumya Swaminathan, explicou que o lançamento de vacinas não significará necessariamente que medidas de saúde pública, tal como o distanciamento social, serão interrompidas no futuro.
De acordo com o Dr. Swaminathan, o primeiro papel da vacina é prevenir caso sintomáticos, casos graves e mortes. No entanto, resta saber se as vacinas também reduzirão ou não o número de infecções ou evitarão a propagação do vírus.