Hoje em dia parece que cada vez mais as pessoas parecem estar cada vez menos interessadas em ter uma relação, mas isto não tem necessariamente a ver com falta de interesse e sim com uma fraca capacidade de namoriscar (o chamado flirt) e de reconhecer quando alguém está a namoriscar connosco.
Ora, este conjunto de fatores mencionados acima limita uma possível aproximação a outra pessoa para fins românticos e leva a pouco sucesso quando somos encorajados a fazê-lo.
Segundo um estudo publicado na revista Personality and Individual Differences de Menelaos Apostolou, da Universidade de Chipre, embora seja verdade que há um grande número de pessoas solteiras, apenas metade delas não têm um parceiro porque decidiram fazê-lo, enquanto a outra metade é solteira porque não conseguiram encontrar e conquistar alguém, e isto porque perderam a capacidade de flirtar.
O investigador trabalhou com 1228 homens e mulheres para validar a sua teoria, na qual afirma que para além da incapacidade de namoriscar, somos incapazes de compreender os sinais que alguém lança quando quer estabelecer uma relação connosco e isto faz com que se sintam cada vez menos desejosos de fazer um esforço para se apaixonarem por alguém, pelo que não alocamos o tempo necessário para construir algo com outra pessoa.
Das pessoas estudadas, 47% afirmaram que eram solteiras porque tinham dificuldade em atrair um parceiro/a, 30% disseram que passavam de um parceiro/a para outro sem encontrar estabilidade e 23% disseram que eram solteiras porque preferiam na altura.
A partir desta informação, Apostolou criou inquéritos para perceber mais sobre as suas capacidades de flirt de cada uma destas pessoas, o que revelou dados importantes.
Do grupo de participantes que disseram ser “involuntariamente” solteiros, descobriu-se que a principal dificuldade é precisamente a falta de capacidade de se aproximar de alguém, ou seja, de flirtar, seguida da incapacidade de detectar sinais quando alguém está interessado neles, de não estar disposto a dar demasiado tempo para construir uma relação e, finalmente, porque se consideram “muito exigentes” na escolha de alguém.
Faz-te sentido?