Um homem que tem tatuagens da cabeça aos pés, olhos incluídos, diz que os outros pais mantêm os seus filhos longe do seu devido à tinta que ele tem no corpo.
Karl Roy tem 44 anos de idade e é tatuador. Ele fez a sua primeira tatuagem aos 14 anos de idade e desde então nunca mais parou. Hoje, tem até os olhos tatuados.
Oriundo do Quebec, no Canadá, ele mandou vir uma máquina de tatuar de uma revista quando ainda era adolescente e começou a tatuar-se em segredo.
Agora, ele é pai de quatro crianças, tem o corpo cheio de tatuagens e acabou por tatuar os olhos no ano de 2016, num procedimento que o podia ter feito perder a visão.
Roy, que tem uma loja de tatuagens em conjunto com a sua companheira Amy Lee, de 28 anos, diz que apesar dos seus amigos e família apoiarem o seu aspeto pouco usual, os estranhos conseguem ser muito duros com ele, sendo que alguns trolls já lhe enviaram inclusive ameaças de morte.
Roy disse: “Ao contrário do meu irmão mais velho que seguiu as pisadas do meu pai e foi para a polícia, eu segui o meu caminho. Fiz a minha primeira tatuagem na cara aos 20s e ao longo dos anos, foi um processo evolutivo. Mais tarde, descobri as tatuagens nos olhos em grupos relacionados com a área e nas redes sociais e fiquei logo fascinado. Foi a continuação da minha evolução”.
“Os meus pais e amigos sempre me apoiaram mas nem sempre perceberam as minhas escolhas. Eles perguntavam-me com frequência quando é que arranjava um trabalho. A verdade é que hoje tenho um estúdio com a minha companheira e estou muito realizado”, frisou.
Roy disse mais: “Alguns estranhos dizem-me que não dou um bom exemplo aos mais novos e há até quem diga que devia matar-me”.
Mais do que isso, ele explica que sofre, com o seu filho, de alguma discriminação com os outros pais na escola: “Alguns pais dizem aos seus filhos para se manterem longe do meu filho e dizem que eu devia ter vergonha do meu aspeto. Normalmente, o que eu vejo é que os pais assustam-se muito mais do que os filhos deles”.
“É o medo do desconhecido que faz as pessoas julgar outras rapidamente mas para as crianças, este desconhecido não existe”.
O que dizer?