O principal especialista em tsunamis da UNESCO disse que a possibilidade de um tsunami atingir as grandes cidades no Mar Mediterrâneo ou perto dele não é uma questão de “se”, mas de “quando”.
A UNESCO, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, sublinhou que os perigos dos tsunamis são subestimados nas regiões costeiras onde normalmente não ocorrem, mas prevê-se que o risco aumente à medida que o nível do mar continua a subir.
A organização anunciou no início deste ano que cinco comunidades em risco no Mediterrâneo se juntariam às 40 vilas e cidades “prontas para tsunami” existentes, localizadas em 21 países, numa tentativa de assegurar que os residentes saibam o que fazer no caso de um tsunami.
The risk of a significant tsunami in the next 30 years is nearly 100%!
A tsunami could soon hit cities on or near the Mediterranean Sea including Marseille, Alexandria and Istanbul.
Read about @UNESCO's "Tsunami-Ready" programme: https://t.co/3p2VWMDEmq #UNOC2022 #OceanDecade pic.twitter.com/xy8vUotbSS
— UNESCO 🏛️ #Education #Sciences #Culture 🇺🇳😷 (@UNESCO) June 27, 2022
Todas as comunidades em risco deverão ter tal conhecimento até 2030, com Marselha e Cannes em França, Alexandria no Egipto, Istambul na Turquia, e Chipiona em Espanha entre as últimas a juntar-se ao grupo, uma vez que as hipóteses de uma onda com mais de um metro de altura têm quase 100% de hipóteses de atingir o grupo nos próximos 30 anos.
Bernardo Aliaga, especialista líder em tsunamis na UNESCO, referiu-se a tsunamis anteriores no Oceano Índico e no Japão ao discutir a prontidão, tendo dito:
“Os tsunamis de 2004 e 2011 foram uma chamada de atenção. Percorremos um longo caminho desde 2004. Hoje estamos mais seguros. Mas há lacunas na preparação e precisamos de melhorar; precisamos de garantir que os avisos sejam compreendidos pelos visitantes e pelas comunidades”.
Aliaga disse que foi feito trabalho para estabelecer 12 centros de alerta de tsunami que cobrem a maior parte do oceano, incluindo cinco no Mediterrâneo e no Atlântico Nordeste, na Grécia, Turquia, Itália, França e Portugal.
Ele continuou: “O risco de tsunami é subestimado na maioria das áreas, incluindo o Mediterrâneo. Os acontecimentos não são muito frequentes e o risco não se traduz de uma geração para outra.
Tsunamis are the single most deadly of all sudden onset natural hazards. The @UNESCO-IOC Tsunami Ready Programme aims to make 100% of tsunami-prone areas tsunami-ready and resilient by 2030.#OnlyTogether #TsunamiDay pic.twitter.com/uakzphdDXM
— UNDRR (@UNDRR) October 27, 2021
Ele concluiu:
“Precisamos de fazer passar a mensagem. No Mediterrâneo, não há dúvida sobre isto: não é ‘se’, é ‘quando'”.